Nessa quinta-feira (15/5), a Ajufe participou da cerimônia de entrega do “1º Prêmio Boas Práticas em Rede da Justiça Federal”, realizada no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília. A premiação contou com 35 projetos inscritos por todos os Tribunais Regionais Federais do país, dos quais seis chegaram à final. A condução dos trabalhos ficou a cargo do vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Luis Felipe Salomão.
Todas as seis iniciativas finalistas receberam uma placa comemorativa, e, em seguida, foi realizada uma votação ao vivo para eleger o projeto vencedor.
A prática “Juizados Especiais Federais Virtuais (JEFs Virtuais)”, da 6ª Região, foi a grande vencedora, conquistando 43% dos 106 votos.
Menção honrosa

(Foto: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
Ainda durante a sessão, foi entregue uma menção honrosa ao projeto “A Praça da Justiça e Cidadania em Alcântara: uma solução multi-institucional para o caso ‘Comunidades quilombolas de Alcântara vs. Brasil’”, do TRF1, recebida pela desembargador federal Carlos Brandão e pelo juiz federal Hugo Abas Frazão.
Homenagem

A juíza federal Luciana Ortiz (TRF3) foi homenageada durante o 1º Encontro. O evento destacou sua trajetória e contribuição com a criação dos laboratórios de inovação no Judiciário.
Representando a Ajufe, estiveram presentes a secretária-geral, Ana Lya Ferraz; a diretora de assuntos legislativos, Marcelle Carvalho Ferreira — que também integrou a Comissão Avaliadora do Prêmio; e o diretor de comunicação, Thiago Mesquita.

Conheça um pouco sobre as práticas finalistas:
Justiça Verde – TRF1

(Foto: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
A iniciativa prioriza o julgamento de ações ambientais na Amazônia Legal por meio de equipes especializadas e do uso ético da Inteligência Artificial (IA). Desenvolvida com participação direta de magistradas(os), a tecnologia foi adaptada à realidade da jurisdição ambiental e já auxiliou no julgamento de mais de 2.200 processos, com impacto em mais de 30 varas federais.
FASSIM – Fale Fácil Atendimentos Simplificados – TRF2

(Foto: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
Criado pela 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, o projeto permite que a(o) usuária(o) agende seu atendimento virtual com data, horário e link automático. A ferramenta reduziu em até 60% o tempo de espera e otimizou em 40% o trabalho interno, promovendo inclusão digital, transparência e autonomia no relacionamento com a população.
Fábrica de Cálculos – TRF3

(Foto: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
Voltada à área previdenciária, o projeto oferece uma solução precisa e segura para a elaboração de cálculos judiciais. Com tecnologia própria e auditável, o sistema substitui planilhas e já foi integrado à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br), em cooperação com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o TRF4.
CAPFGTS – Central do FGTS – TRF4

(Foto: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
Implantada nas três seções judiciárias da 4ª Região, a central organizou o julgamento em massa das ações de revisão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), totalizando 480 mil processos julgados com uniformidade e sem custos adicionais. A taxa de recorribilidade foi inferior a 5%, o que evidencia a qualidade das decisões.
(Re)design de Serviço Público: Filas de Cirurgias – TRF5 (SJCE)

(Foto: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
Desenvolvida pela 6ª Vara Federal do Ceará, a prática reestruturou a gestão das filas de cirurgias eletivas do SUS, com base em escuta social, articulação interinstitucional e inovação nos fluxos de atendimento. O projeto trouxe mais transparência e efetividade ao cumprimento de decisões judiciais na área da saúde pública.
Juizados Especiais Virtuais – TRF6 (PRÁTICA VENCEDORA)




(Fotos: Raimundo Sampaio/ASCOM-CJF)
A prática viabilizou o acesso à Justiça Federal em regiões remotas de Minas Gerais, como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, por meio de unidades 100% virtuais. A ação ampliou o atendimento a comunidades indígenas e isoladas, promovendo inclusão social e movimentando a economia local por meio do pagamento de precatórios e RPVs.