Recentemente, importante revista mensal estampou mais uma reportagem sobre a Operação Sisamnes, investigação conduzida pela Polícia Federal e que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). Desde outubro de 2024, quando a revista Veja revelou que a polícia apurava a existência de uma rede de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), arrasta-se um calvário institucional na mais importante corte infraconstitucional do país.
É inimaginável admitir que sentenças judiciais pudessem estar sendo negociadas no segundo tribunal mais relevante do Brasil. Retomando a popular frase da Roma antiga, ao Poder Judiciário não basta ser honesto, é preciso parecer honesto. Por isso, denúncias dessa natureza devem ser investigadas com rigor absoluto. Se houver qualquer indício de corrupção, o órgão investigador deve ter total autonomia e liberdade para aprofundar-se nos fatos. E, se confirmados ilícitos, os responsáveis devem ser exemplarmente punidos, para que a lisura do processo judicial jamais seja maculada.






