Ajufe participa de simpósio que discute discriminação racial e intolerância religiosa

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) participou do “Simpósio Negro (a), afro-religioso (a), quilombola: racismo e intolerância religiosa no Brasil e seus reflexos no mundo do trabalho”, na quarta-feira (29), representada pelo diretor da Ajufe, Antônio José de Carvalho Araújo, em uma mesa-redonda com ativistas de movimentos sociais.

O objetivo do evento foi o de apresentar os desafios para a superação de estigmas raciais e religiosos, com foco na população negra, afro-religiosa e quilombola. Durante suas intervenções, o diretor da Ajufe abordou os temas quando questionado sobre a competência da Justiça Federal.

Para o diretor, “há uma necessidade de se aperfeiçoar os cursos de formação da Magistratura, contando com a apresentação de relatos de casos reais de racismo, narrados por seus próprios personagens, assim como foi vivenciado durante esse encontro”, relatou o juiz.

Outra importante discussão suscitada pelo diálogo foi sobre à possível falta de “sensibilidade” do olhar da Justiça a casos relacionados às questões sociais, raciais, direitos humanos. “Ao ouvir os relatos da violência sofrida diretamente das pessoas, provoca-se a sensibilidade do magistrado, com uma reflexão mais aprofundada do Direito a ser concretizado”, destacou Antônio José.

Outro ponto respondido pelo juiz foi sobre a “seguridade social”, quando o requerente é um ministro religioso. “Seja qual religião, a ‘autoridade’ religiosa que desejar, pode se inscrever no INSS, filiando-se como contribuinte individual”, finalizou.

O simpósio, promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), encerra-se nesta quinta-feira (30), em Brasília.

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