Para magistrada, machismo involuntário de juízes pode afetar decisões sobre mulheres

 

Publicado por Folha de S. Paulo em 10/03/2020

José Marques
Flávia Faria

Coordenadora da comissão que trata de igualdade de gênero da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), a magistrada Tani Maria Wurster, 44, afirma que a participação das mulheres no Judiciário é um fator fundamental para a democracia.

Nos últimos dez anos, diz a juíza, o número de mulheres promovidas para cargos na segunda instância cresceu apenas 1% na Justiça estadual. Na Federal, caiu 3%.

Para Tani, o machismo da sociedade impacta a forma como a Justiça trata as mulheres em suas decisões, seja culpando vítimas para inocentar criminosos sexuais, seja na dificuldade em reconhecer o papel do trabalho feminino em todas as suas vertentes, incluindo o doméstico.

"As expectativas em relação ao comportamento da mulher na sociedade podem interferir nas decisões judiciais", diz Tani, em entrevista à Folha. "É muito importante que os juízes estejam atentos para não reproduzirem padrões involuntários e inconscientes discriminatórios."

Leia a entrevista completa em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/03/para-magistrada-machismo-involuntario-de-juizes-pode-afetar-decisoes-sobre-mulheres.shtml?origin=folha

Dra. Tani

A juíza federal Tani Wurster, coordenadora da Ajufe Mulheres, comissão da Associação dos Juízes Federais do Brasil - Andre Coelho/Folhapress

 

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